Find Her // Capítulo 3

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-Procurando a Lily? Ela sumiu? – pergunta Tyler.
-Max deixou ela fugir. –responde Luke.
-Por que estamos nos referindo à Lily como se ela fosse um cachorro? – questiona Paloma.
-Sem tempo para explicar, só venham com a gente. – eu digo já me afastando do grupinho.

Então, minha noite está assim: eu tinha brigado com Lily, encarado o frio, encontrado Luke, invadido uma festa e agora eu estava no meio de Glendale quase congelando com outras três pessoas atrás de mim. E eu não sei qual é a parte boa.
Consigo ouvir os três conversando atrás de mim. Luke está contando uma versão exagerada da “Operação Festa da Liv”, que é o nome que ele deu.
Avisto as luzes do próximo bar no nosso mapa imaginário e um pouquinho de esperança parece me aquecer. Aumento a velocidade dos passos e logo chego em frente à porta. Respiro fundo e entro.
O lugar está cheio e meus ouvidos são invadidos pelo som da vida noturna. Risadas, gritos, música alta e o bater de copos. Todos ali parecem felizes. Olho para todos os lados e então Luke salta na minha frente, seu sorriso enorme e brilhante no rosto.
-Hey, por que correu na frente? –pergunta ele.
O empurro para o lado e dou mais alguns passos, dando ordens enquanto faço isso:
-Vai olhar no bar, mande Paloma para checar o banheiro e Tyler deve ir rondar as mesas. –digo, provavelmente soando mais malvado do que eu esperava.
-E você vai fazer o que?
-Vou olhar nos fundos.
Eles fazem o que peço e eu abro caminho até os fundos do bar.  
É escuro, mas não é um breu. Há algumas caixas e bancos, mas a maioria do que tem ali são cacos de vidro, cigarros velhos, garrafas vazias e cheiro de cerveja. Não é o tipo de lugar que Lily gostaria de ficar. Me viro para ir embora, quando ouço um barulho.
É no canto mais escuro dali. Me aproximo, sem ter certeza do que faço.
-Hum.. olá? –digo.
-Sai daqui. –recebo em resposta.
É uma voz de adolescente. Um garoto.
-Está tudo bem? Precisa de ajuda?
-Apenas saia daqui. –consigo ouvir o desespero em sua voz. Não sei se devo realmente sair ou se devo ficar e descobrir o que havia de errado.
Dou mais alguns passos em direção ao garoto e finalmente consigo enxerga-lo. Está sentado com os braços cruzados, mas não parece bravo. E sim, com medo. Seus olhos me dizem que quer ficar sozinho, mas o tom de sua voz não deu essa impressão.
-Qual seu nome? –pergunto.
Ele não responde. Se encolhe um pouco mais e eu suspiro. Me sento um pouco afastado, no chão.
-Eu sou Max. Minha noite não está boa também. Se me disser seu nome, posso te contar mais.
Ele hesita, mas finalmente cede.
-Hayden.
-Legal te conhecer, Hayden. –sorrio, mas não tenho certeza se ele consegue me ver. – Briguei com minha namorada mais cedo e agora estou sendo seguido por três loucos, tentanto encontra-la. Mas não posso espanta-los, pois são meus amigos.
Ele dá um risinho.
-Acha que pode me ajudar com isso? –indago, mais por brincadeira.
-Talvez eu possa. –ele diz, mas parece estar convencendo a si mesmo. –É, eu posso te ajudar.
-Ótimo! Então vem comigo, vou te apresentar aos meus amigos.
Levanto e espero o garoto fazer o mesmo. Ele aparece na luz e finalmente percebo que seu rosto está vermelho. Ele estava chorando. Seu cabelo bagunçado, olhos brilhantes e pele clara. Não tinha mais que dezoito anos.
-Vamos lá, Hayden. Temos que achar a Lily.

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